Terça-feira, 20 de Setembro de 2005
Um passaro nos olhos, nos tristes olhos caidos sobre a palavra resgatada da multidao. Um p]assaro na nuvem humida dos olhos! A cria;ao do mundo tudo feito em silencio como uma pedra que cai dos l]abios que beijam. um passaro nos olhos. Temos o rio nos olhos. Um passaro no rio dos olhos!
Ao alto da montanha sobe o passaro dos nossos olhos ao topo da vertigem do mundo.
Um passaro nos olhos, nos tristes olhos. A lua tambem chora na noite dos passaros dos olhos.
No olhar veloz o passarodos olhos morto se levantou do coracao.
O passaro dos olhos a fingir quando fechamos as nossas maos. Uma certa ausencia que nos habita o pensamento. Quando chove parece que temos um passaro nos olhos invisivel e triste como um bocado de luz representando o Deus universal.
O passaro dos olhos, dos tristes olhos dentro de n]os, talvez uma fome por saciar.
Um passaro nos olhos escuros e iluminados como um trote de cavalo no peito cicatriz da terra que declama os versos da sua respiracao.
Passaro nos olhos, no cansaso destes olhos, nos tristes olhos caidos sobre a palavra resgatada da multidao.